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Capacidade ou adaptação? Um dilema na Terapia Ocupacional pediátrica
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Capacidade ou adaptação? Um dilema na Terapia Ocupacional pediátrica

  • Período

    01/05/2025
  • Status

    Aberto
  • Nota máxima

    100,00%
  • Data Final

    valendo 100% da nota
  • Finalizado

    Não
  • Nota obtida

    100%
  • Data Gabarito/ Feedback

    a definir
  • Data e Hora Atual

    Horário de Brasília
  • Finalizado em

    31/12/2030

Capacidade ou adaptação? Um dilema na Terapia Ocupacional pediátrica

A atuação da Terapia Ocupacional com crianças com disfunções físicas muitas vezes se vê dividida entre dois caminhos: promover o desenvolvimento das habilidades da criança (como força, equilíbrio, coordenação) ou adaptar o ambiente para garantir sua participação social. No entanto, essa dualidade pode ser ilusória: tratar essas abordagens como excludentes é um risco que empobrece a prática terapêutica e invisibiliza as complexidades do cotidiano infantil.

De um lado, focar exclusivamente na capacitação funcional pode, ainda que involuntariamente, reproduzir uma lógica capacitista, baseada na ideia de que a criança só é “válida” se atingir padrões motores normativos. Isso pode levar à frustração, desvalorização subjetiva e exclusão de experiências significativas, especialmente quando a conquista funcional é limitada ou muito lenta. Como bem alertam Ferreira e Oliver (2006), a produção científica brasileira em Terapia Ocupacional ainda apresenta forte tendência a priorizar a reabilitação individual, em detrimento da análise do contexto.

Por outro lado, a adaptação ambiental isolada, embora facilite o acesso imediato à participação, também pode deixar de lado o potencial de desenvolvimento da criança e, com isso, perder oportunidades valiosas de promover independência. É preciso lembrar que a participação não é apenas estar presente, mas sim agir com propósito e significado. Isso exige habilidades — físicas, cognitivas, afetivas — que podem e devem ser estimuladas dentro de cada possibilidade individual.

A CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) nos ensina que a funcionalidade é resultado da interação entre condição de saúde, fatores pessoais e ambientais. Portanto, a melhor resposta terapêutica é aquela que integra os dois polos: desenvolver habilidades ao mesmo tempo em que se adapta o contexto, com o objetivo de ampliar a participação ocupacional de forma realista e significativa.

No caso das crianças, isso pode significar oferecer tanto recursos adaptativos — como cadeiras específicas, pranchas de comunicação ou ajustes no tempo de execução — quanto trabalhar ativamente com a criança para desenvolver o que for possível em termos de coordenação motora, independência nas AVDs ou uso de estratégias compensatórias.

Ferreira, T. G. & Oliver, F. C. (2006). Terapia ocupacional em disfunção física: discutindo a produção bibliográfica brasileira (1999–2005). Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, 17(3), 108‑114. Disponível em:  https://revistas.usp.br/rto/article/view/13992

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