Desde a década de 1990, a produção de padrões mundiais de sistemas de gestão da International Organization for Standardization (ISO), que em português significa Organização Internacional

Contextualização

Desde a década de 1990, a produção de padrões mundiais de sistemas de gestão da International Organization for Standardization (ISO), que em português significa Organização Internacional para Padronização, cresceu vertiginosamente ganhando grande notoriedade no meio empresarial, mas também no setor público e entre as organizações não governamentais (ONG). Desde a pioneira ISO 9001, publicada em sua primeira versão em 1987, passando pela ISO 14001 em 1996, o conceito se espalhou amplamente, alcançando atualmente a totalidade de 93 normas, como listado pela ISO 

Existe uma abrangência das normas de sistema de gestão para assuntos e setores diversos e muito além das conhecidas ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001, como: turismo de aventura, qualidade do ar interior, gestão de crises de suprimento de água e tratamento de efluentes, segurança no tráfego viário, segurança privada, facilities, bem-estar animal na cadeia de suprimentos para alimentos, gestão de denúncias, gestão de ativos, gestão do conhecimento, serviços de TI, segurança da informação e privacidade de dados.

Logo, a integração de Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ), Ambiental (SGA), Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO) e de Responsabilidade Social (SGRS), com base nas normas ISO 9001, 14001, 45001 e 26000, respectivamente, é uma estratégia essencial para as organizações que buscam eficiência, sustentabilidade e conformidade com normas e regulamentos. Quando esses sistemas são alinhados, as empresas otimizam processos, reduzem custos e melhoram seu desempenho socioambiental. Além disso, essa integração pode contribuir diretamente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que abordam desde a redução das desigualdades até a promoção de trabalho decente e crescimento econômico. Em outras palavras, buscam integrar o conceito de sustentabilidade em todas as atividades, visto que se centram diretamente nos três pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental.

Assim, os ODS fazem parte de uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos, 169 metas e 231 indicadores, a serem atingidos até 2030. Eles substituíram os Objetivos do Milênio, válidos até 2015. Os ODS foram construídos em um processo de negociação mundial, que teve início em 2013, e entraram em vigor em janeiro de 2016. Para alcançar estes ODS, requer-se a parceria de governos, setor privado, sociedade civil e cidadãos comuns para garantir a “entrega” de um planeta melhor para as futuras gerações. Assim, os ODS são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

A implementação da agenda 2030 deve considerar a interconexão entre os ODS e suas metas, e as quatro dimensões principais, conforme apresentado na descrição e figura a seguir:

- Social: relacionada às necessidades humanas, de saúde, educação, melhoria da qualidade de vida e justiça.

- Ambiental: trata de energias renováveis, saneamento ambiental, preservação e conservação do meio ambiente, com ações que vão da reversão do desmatamento, proteção das florestas e da biodiversidade, combate à desertificação, uso sustentável dos oceanos e recursos marinhos até a adoção de medidas efetivas contra mudanças climáticas.

- Econômica: aborda o uso e o esgotamento dos recursos naturais, a produção de resíduos, o consumo de energia, entre outros.

- Institucional: diz respeito às capacidades de colocar em prática os ODS.

Portanto, as organizações e pessoas de todo o planeta estão se alinhando com os ODS, como o alvo a ser alcançado em 2030. Dentro da mudança de modelo organizacional e de gestão, as organizações devem buscar as melhores práticas e normas internacionalmente aceitas, como as da ISO. A visualização dos ODS impactados pelas normas da ISO são importantes, rumando em direção a um futuro planeta 2030 mais sustentável, humano, inclusivo, diverso, preventivo e cooperativo.